Este é o Olho 3, um projeto de dança dirigido pela coreógrafa Jussara Miranda, realizado em parceria com o SOMOS Ponto de Cultura LGBT. Para a Coordenadora do Ponto, Camila Lima Barreto, o projeto é importante por uma artista de fora da instituição utilizar a temática proposta pelo movimento social em um trabalho artístico. “Isso, ligado ao fato do projeto ser financiado pelo Ministério da Cultura e pela Funarte, legitima e prestigia a nossa luta”, afirma.
Durante as apresentações as pessoas param em volta do local e observam. Algumas batem palmas no ritmo das canções, outras, como um senhor de idade que não quis conversar, fazem cara estranha e balançam a cabeça em negativa. Dália Ribeiro, 33 anos, estava comprando remédios quando viu o barulho e resolveu assistir: “É encantador. Ninguém se pergunta por que esses personagens devem ficar restritos a um submundo. Eu não tenho preconceito e acho que quanto mais mostrar, melhor”, conta ela com entusiasmo. Já para o estudante Rodrigo Wolffenbuttel, 15 anos, que voltava da escola e viu o trabalho sendo executado, a situação parecia um pouco estranha: “Eu nunca vi um show assim pessoalmente, só em filmes. É divertido ver ele acontecendo na rua”, admite.
Escolhendo os bailarinos
Dos sete dançarinos escolhidos, dois são do universo artístico da noite LGBT. Charlene Voluntaire (interpretada por Charles), Drag Queen da boate Cine Theatro, e Beto Roffer, gogoboy. Para Miranda, essa é uma oportunidade de integrar dois mundos que são extremamente separados: o da arte “noturna” e o da arte tradicional, mais formalizada pela sociedade. “Os gays são desconsiderados pelo ambiente cultural padrão”, constata a diretora, que vê no projeto a possibilidade de uma troca de experiências. “Aqui é um ambiente em que todos podem se transformar. Não conheço outra ação desse tipo no Brasil. Eles podem levar elementos cênicos para os seus shows e mostrar algo novo para o público ao mesmo tempo em que podem colocar o erótico na rua”, diz.
O processo mais difícil, para Jussara, foi o de adequação dos artistas LGBT à proposta de coreografia: “Quando começamos a trabalhar, o Charles resistia muito a uma metodologia de dança por sempre ter improvisado nos seus shows. Foi tanta a resistência e embate que chegamos ao ponto de ele dizer que não confiava em mim como coreógrafa. Eu disse que não confiava nele também. Depois de um tempo percebemos como devíamos trabalhar e tudo saiu de uma maneira muito natural e apaixonante. O espetáculo ficou perfeito”. Charlene se integrou tanto ao projeto que, recentemente, em uma entrevista para um programa de TV, disse que o espetáculo precisava da sua visão pra acontecer e que se enxerga como o verdadeiro ‘terceiro olho’. “Eu nunca vou poder me desligar dessa vivência. Foi muito forte e bom. Vamos ter que fazer algo pra dar continuidade no Olho3”, afirma emocionada a idealizadora da obra.
Fotos: Bruna Cabrera, com edição digital de Gabriel Arévalo
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