Sandro Ka e sua obra |
Um dos artistas contemporâneos que terá seu trabalho exposto é Sandro Ka, coordenador do Ponto de Cultura do SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade.
Para esta exposição foi adotado um modelo labiríntico de organização curatorial, onde o visitante irá percorrer o trajeto das obras de uma forma não cronológica, possibilitando assim que este construa suas próprias vias interpretativas estabelecendo novas relações históricas e artísticas.
A curadoria da exposição foi realizada através de justaposições, confrontos e paralelos entre períodos, escolas e gêneros diferenciados, onde uma obra estará sempre ligada a outra e/ou a um conjunto de obras. No estabelecimento destas relações foi colocado uma ênfase em questões conceituais, estéticas, históricas, técnicas e ainda outras abordagens como gênero e classe, que sejam frutíferas para potencializar e expandir o significado de cada uma das obras presentes na exposição. As escolhas foram realizadas como forma de quebrar pressupostos canônicos que fundamentam as hierarquias entre obras, definindo-as como tendo maior ou menor importância em uma escala de valores estéticos, culturais e históricos. Metaforicamente falando, como um fio de Ariadne, os procedimentos curatoriais adotados irão propor ao visitante possíveis pistas para que este, ao visitar a exposição possa extrair dela a melhor experiência no espaço do museu, construído suas próprias decisões interpretativas.
Da mesma forma que tais obras estão ligadas entre si, a exposição Labirintos da Iconografia estabelece uma clara conexão entre a exposição anterior realizada pelo museu, Do Atelier ao Cubo Branco, com a inclusão de uma obra de Carlos Alberto Petrucci de 1947, intitulada Ateliê e as obras João Fahrion (Interior de Atelier, sem data) e Pedro Weingärtner (Atelier Julien, sem data), que estarão presentes na exposição.
Dando continuidade ao programa de exposições do MARGS instituído nesta gestão, esta é igualmente uma exposição concentrada em obras e não com ênfase em individualidades, salientando a importância de cada uma delas em um campo institucional de geração de conhecimento da produção artística que o museu busca privilegiar. Partindo de uma organização curatorial labiríntica, onde as escolhas das obras foram realizadas para privilegiar uma disposição não cronológica, avançando e recuando dentro do arco histórico definido pela exposição, Labirintos da Iconografia busca privilegiar a convivência entre obras no espaço de exposição produzindo mecanismos de amostragem que venham a enfatizar o potencial artístico de cada uma delas para além de sua aparência inicial. Iconografia no caso desta exposição refere-se a abordagem de um tema ou assunto em termos de conteúdo e imagem. Assim a exposição busca instituir novas relações entre imagens como entidades cujo potencial artístico seja capaz de relacionar obras de períodos e gêneros diversos para muito além da sua especificidade.
A exposição traz um considerável número de obras inéditas do acervo do MARGS que ainda não foram mostradas pelo museu, assim como obras canônicas da coleção, conhecidas do grande público, e ainda obras de outras coleções e artistas contemporâneos.