“Agora sim, C-A-S-A-D-I- N-H-A-S”. O bilhete envolto em flores rosadas foi ideia da cabeleireira Lidiani Lorena Capra Knopf, 23 anos, para contar a novidade à instrutora de informática Débora dos Santos Knopf, 27 anos.
Enquanto muitos casais homossexuais têm seus pedidos negados no país, a conversão da união estável em casamento sem ingresso de ação judicial deferida pela Justiça de Soledade seria uma das primeiras de que se tem notícia no Estado.
Débora e Lidiani se conheceram em janeiro de 2009 e, um mês depois, foram morar juntas. A resistência da família foi um desafio quando resolveram assumir o relacionamento.
A decisão de enfrentar o preconceito no município de 30 mil habitantes abalou amizades e fez Lidiani perder clientes.
Com a inscrição love (amor, em inglês) tatuada no braço esquerdo, Lidiani conta que o processo para oficializar a união estável e convertê-la em casamento – procedimento que mesmo para casais héteros necessita de aval da Justiça – iniciou com desconfiança.
Dois meses depois, o medo da rejeição virou alívio pelo direito conquistado.
Fonte: Zero Hora